As mortes de personagens em animes shonen de batalha são eventos cruciais, desencadeando desenvolvimentos de personagens, avanços na trama e mudanças radicais no status quo. Dragon Ball Z, uma das séries mais conhecidas e influentes do gênero, apresentou a morte de personagens importantes, incluindo seu protagonista, Goku. No entanto, ao longo da série, a morte perdeu sua solenidade, transformando-se em um obstáculo menor em vez de um evento devastador.
Em narrativas shonen, a morte normalmente é retratada com um senso de finalidade. O protagonista enfrenta constantemente a ameaça da morte, enquanto os antagonistas muitas vezes temem seu inevitável destino. A morte pode servir como catalisador, impulsionando a jornada do herói ou motivando a vingança. Dragon Ball Z, no entanto, desafia essa noção ao permitir que personagens mortos sejam ressuscitados repetidamente, graças às famosas Esferas do Dragão.
O mundo de Dragon Ball opera sob regras diferentes, com as Esferas do Dragão permitindo que personagens contornem as restrições da mortalidade. Os desejos concedidos pelas Esferas do Dragão podem trazer de volta aqueles que morreram, inicialmente sujeitos a algumas limitações. Por exemplo, a proibição de reviver uma pessoa mais de uma vez adicionava peso emocional às mortes. No entanto, ao longo da série, essas regras foram convenientemente contornadas, resultando em uma desvalorização progressiva da morte como um evento impactante.
Durante as sagas Namek e Freeza, as Esferas do Dragão se tornaram um ponto crucial da trama, com a ressurreição de personagens sendo essencial para avançar na história. A ressurreição em massa no final da Saga Freeza estabeleceu um padrão para as sagas subsequentes, criando lacunas convenientes para reverter os danos causados pelos antagonistas.
A Saga Majin Buu marcou um ponto crítico, com a maioria do elenco principal já tendo morrido e ressuscitado diversas vezes. Mesmo Goku, o protagonista, permaneceu morto por sete anos antes de retornar à Terra por um único dia. Essa nova maneira de trazer personagens de volta à vida contribuiu para a perda gradual do significado da morte na narrativa.
A desvalorização atingiu seu auge durante a Saga Majin Buu, onde as ameaças destrutivas do vilão foram neutralizadas pela constante opção de usar as Esferas do Dragão para reverter todas as consequências. Cada calamidade causada por Buu era acompanhada pela certeza de que as Esferas do Dragão restaurariam tudo ao normal, diminuindo a gravidade da situação. A quebra das regras estabelecidas anteriormente, como a revivificação ilimitada de personagens, corroeu a finalidade da morte.
O final da Saga Majin Buu configurou uma batalha épica, mas a falta de consequências significativas para personagens que morreram várias vezes destacou como Dragon Ball Z tratou a noção de morte. Essa tendência continuou em outras edições da franquia, como Dragon Ball GT e Dragon Ball Super. No entanto, os eventos de Dragon Ball Z foram fundamentais para a perda do significado da morte na série, questionando a solenidade desse elemento narrativo nos animes shonen.
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